Acabei de me dar conta que fazer piadas obedece às mesmas regras usadas na construção de notícias.
Em jornalismo há uma coisa chamada "valores-notícias" (news values), que servem para descrever em que circunstâncias é que uma notícia tem mais interesse e impacto em determinado público.
Assim, e fazendo o paralelismo, o humor tem mais impacto quando obedece aos seguintes valores-"piada":
- Proximidade: se dissermos a um algarvio que ele nasceu no Sobral Cid, ele em princípio não reage, mas se o dissermos a um conimbricense arriscamo-nos a levar uma estalada;
- Estranheza: ninguém goza com um gajo heterossexual, casado e monogâmico. Já se ele for um adúltero e fã de bondage, então sim, temos piada;
- Proeminência dos envolvidos: para quê fazer piadas sem graça sobre alentejanos desconhecidos quando temos autarcas e ministros deste calibre?;
- Actualidade: hoje em dia a exclamação "És um Fangio!" já só resulta com malta da nossa idade. É preciso ir actualizando o repertório e as referências;
- Impacto sobre um grande número de pessoas : como vimos recentemente, o Mário Lino já aprendeu esta lição...
quinta-feira, junho 07, 2007
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