Serve este "retrato de família" para vos mostrar o calibre das miúdas com quem trabalhei em Alexandria. Havia de tudo: marroquinas, argelinas, egípcias, francesas, italianas... umas falavam pelos cotovelos, outras dispunham-se a visitar amigos na prisão; umas tinham blogues, outras não eram grandes fãs da net; umas sabiam falar quatro idiomas e a Françoise só sabia dizer na língua de Camões a expressão "você é doido!" (go figure!). Entretanto o puzzle desfez-se e uma coisa ficou: foi ISTO, um laboratório de notícias e experiências feito a 40 mãos, umas deste lado do Mediterrâneo e outras do lado de lá.
2 comentários:
Algumas "miúdas" deixam-me perplexo. A começar por aquela de óculos e casaco - a da ponta, à direita de quem olha -, passando pela outra, logo a seguir, de lado, a fazer a coreografia de Walk like an egyptian da Bangles e mais "uma" ou "duas" que, aparentemente, fazem a barba e não são de Engenharia Civil.
De resto, parece-me bem.
Não pude deixar de imaginar, porém, que a legenda ideal para esta imagem, garantido o sempre favorável ponto de vista da nossa "Susinha", seria:
Querido diário: no fim dos trabalhos, fomos tirar uma fotografia. Para ficarmos todas ao mesmo tempo, emprestei a máquina a um simpático arrumador egípcio, que foi muito cuidadoso, focou tudo muito bem, ajustou o ISO e a velocidade do obturador, centrou, mediu e disparou. De seguida, largou a correr com a máquina e nunca mais o vi. Felizmente, encontrou o meu e-mail na mala do aparelho e teve a amabilidade de enviar a foto. Ainda há gente boa...
Ele não era arrumador. Era engraxador.
:)
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